quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Quando, como e quantas cirurgias são necessárias?

Primeiramente, é necessário procurar atendimento num hospital/centro especializado no tratamento de malformações de face e/ou de fissura labiopalatina.
Este hospital/centro deverá ter uma equipe formada por médicos (cirurgião plástico, pediatra, otorrinolaringologista, geneticista), enfermeiras, fonoaudiólogos, cirurgiões-dentistas (odontopediatra e ortodontista), psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, entre outros. A equipe deve ser especializada e capacitada para a reabilitação de todas as alterações associadas com a presença da fissura e deve trabalhar em conjunto para definir, planejar e realizar as condutas de tratamento necessárias para cada criança.
No Brasil, um dos centros de referência no tratamento de deformidades do crânio e da face é o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC), da Universidade de São Paulo (USP), carinhosamente chamado de “Centrinho”, situado em Bauru - SP. Também existem outros centros no Brasil. Leia o Post sobre onde se tratar?Mais informações sobre o encaminhamento para esses centros e também sobre os cuidados necessários para a amamentação e alimentação dos bebês com fissura devem estar disponíveis ainda na maternidade ou hospital logo após o nascimento e antes da alta do bebê e da mãe.
Para ser atendido no HRAC - “Centrinho” a criança tem que ter certidão de nascimento e os pais podem ligar para o telefone (14) 3235-8132, ou enviar uma carta para o Hospital
A fissura, na maioria das vezes, pode ser corrigida por meio de cirurgia. A cirurgia (operação) para fechar o lábio, é realizada por volta dos 3 meses de idade. A cirurgia para fechar o palato, por volta dos 12 meses de idade. Mas para poder realizar essas cirurgias, o bebê tem que estar em condições favoráveis, isto é, sem anemia, sem lesões de pele, feridas com pus, coceira, micose, piolho ou sarna. Não pode estar com crise de bronquite, asma, peito chiando, tosse com catarro, garganta e ouvido infeccionados, gripe ou febre. Se a criança estiver com vômito ou diarréia ou com doenças contagiosas como sarampo, rubéola, roséola, caxumba, catapora ou varicela e escarlatina, deve ser tratado antes de vir para a cirurgia, e não deve estar em contato com outros pacientes no hospital. Para as crianças maiores de 1 ano de idade, solicite ao seu médico a realização de exame de fezes. Caso seja detectado que a criança tem vermes (Ascaridíase, Ancilostomíase ou Estrongiloidíase), também é preciso tratar antes de vir para o hospital.
Na semana em que a cirurgia está agendada, é realizado (no HRAC) exame de sangue (hemograma completo) para verificar se a criança está em condições satisfatórias para ser operada. O médico pediatra, junto com a equipe do hospital, irá avaliar cuidadosamente a criança e, caso ela esteja em boas condições de saúde, a operação é realizada. Caso a criança apresente algum problema, a cirurgia é suspensa para ela se tratar e voltar em outra data.
Logo após a cirurgia, os médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos e outros membros da equipe devem fornecer orientações sobre os cuidados com a alimentação, com a cicatrização dos pontos, com a fala e audição. Estes profissionais também podem esclarecer quaisquer dúvidas que vocês tiverem.
Fonte: Manual Profis adaptção do administrador do blog

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